Fotos mostram que não há embrião visível até 9 semanas de gravidezÉ possível engravidar no espaço?

Embora o estudo não tenha investigado humanos, sabemos que os nossos ossos também são dinâmicos: ao longo da vida, eles vão ficando mais largos, mudando de acordo com impactos ambientais, como o estilo de vida. A densidade óssea vai se perdendo com o tempo, especialmente após a menopausa, mas também com a influência da dieta, doenças, clima e gravidez.

Gravidez humana e os ossos

Na gravidez humana, há evidências de que o corpo da mãe acaba puxando cálcio dos ossos quando ela não consome o suficiente do nutriente, perdendo massa, formato e densidade do esqueleto por um determinado período. Durante a lactação, os ossos passam por uma reabsorção para que o corpo consiga fazer leite rico em cálcio o suficiente para o bebê. No final do processo, os minerais perdidos são repostos, mas é possível que os cientistas ainda consigam notar o lapso momentâneo. Nas ciências forense e arqueológica, utilizar ossos para detectar se alguém teve filhos é controverso. Sinais na pelve não são considerados confiáveis, e ainda há muito debate em torno dessa possibilidade. A composição dos ossos parece ser, no momento, um caminho melhor: mesmo antes do fim da fertilidade, parece que o esqueleto responde dinamicamente a mudanças no status reprodutivo.

Evidências nos macacos

A pesquisa foi realizada, especificamente, em 7 macacos-rhesus (Macaca mulatta), 4 deles fêmeas, nas quais foi possível notar mudanças no fêmur que só podiam ser explicadas pela ocorrência de gravidez e lactação. Comparando com os ossos de machos e de fêmeas que não tiveram filhotes, a composição óssea era bem diferente, com menos cálcio, fósforo e magnésio, como descrito acima. Embora coincida com a suspeita de reabsorção dos ossos e de minerais durante a gravidez, a hipótese ainda terá de ser testada em estudos posteriores para cravar a certeza. Segundo os cientistas, a detecção de partos a partir de tecidos mineralizados ainda é uma área pouco explorada da ciência, e pode, no futuro, ter grande impacto em estudos evolucionários, arqueológicos e de conservação. Fonte: PLOS One